domingo, 7 de agosto de 2011

Tão perto e tão distante.

Poderia alguém sedento junto a fonte de água não beber?
Alguém cansado, suado, cheio de poeira da estrada não mergulhar em águas tão tépidas e límpidas?
Farei isso nem que seja de roupa e tudo, de sapato no pé, mas não me retirarei daqui antes que tenha me saciado;
não sei se voltarei amanhã ou se outro dia ainda terei outra oportunidade igual, portanto,
mesmo que este dia esteja no fim e o crepúsculo já se assenta no céu,
mesmo que seja a primeira e última vez eu quero provar tuas águas e não me arredarei até mergulhar; começo como todo começo: molhando as mãos, os tornozelos e o pescoço
e já me esqueço todas aquelas inquietações e preconceitos,
estereótipos que nos prendem a um ponto fixo
socialmente definido do qual não nos moveremos se não formos ousados ao extremo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A LIÇÃO DA CASTANHEIRA

Castanheira no distrito de Guariba, MT, em julho de 2011



Uma castanheira demora em média 40 anos para estar madura e frutificar, pode atingir uma altura de

50 metros ou mais, sua madeira não pode ser cortada no Brasil: é protegida por estar em risco de extinção. Nativa do norte do país, das florestas equatoriais são comuns também nas faixas de transição do Cerrado...

Por estarem protegidas por Lei Federal, não são cortadas; porém, as demais espécies a sua volta sim e a mata restante, sem valor de mercado, é queimada e a castanheira fica cercada pelo fogo.

Então, o que vemos na paisagem são cadáveres altíssimos, ressequidos, desprovidos de folhas, aqui e acolá sob o Sol escaldante das baixas latitudes, rodeada de pastagens sem graça erguendo-se solitária os galhos em forma de braços suplicantes (...)

Vez ou outra se vê uma delas voltando a brotar, apresentando novas folhas mesmo em meio a devassidão aparente, mesmo sendo sua característica propicia a matas mais fechadas, cheias de sombra sobre suas raízes, algumas reverdecem outra vez e voltarão a dar frutos.

Quanto tempo durou a travessia do povo de Israel pelo deserto, quarenta anos?

Faz tempo que estamos esperando algum fruto em nós? Seriam próximos os quarenta anos? O paralítico sobre o leito via o mover das águas mas não conseguia mergulhar e esperava já há quase quarenta anos, na verdade, 38 (que sugestivo).

O deserto da vida parece quente e poeirento demais, assim como esta paisagem e a estrada de terra cortando a paisagem de extensos horizontes e o fogo arde como a provar nossa fé e nossas obras. Se a obra de alguém prevalecer, este receberá o galardão.

Quando passares pelo fogo eu serei contigo, diz o Senhor...

Assim como a árvore que mesmo cortada, se suas raízes permanecerem, ao murmurio das águas voltará a brotar, assim é nossa vida quando estamos plantado na Palavra da vida: voltaremos a brotar e florescer e até

a velhice ainda darão frutos e frutos ainda melhores.

O fruto da castanheira é um coco cheio de vagens cujo interior é a castanha, o alimento principal da "cotia".... Um roedor bem pequeno ao rés do chão da floresta que espera seu alimento cair do céu literalmente: a castanheira tem que lançar seu fruto ao chão para que a cotia o encontre e o roa para abrir, outro animal, talvez mais provido de habilidades não consegue abrir o tal coco: ele é da cotia, ela está apta abrir-lhe a casca e expor o conteúdo.

Nosso maravilhoso fruto de maturidade com Deus tem destino específico, alimentará muitos também, agraciará outros, mas há aqueles que precisam desse específico alimento para sua saúde e somos responsáveis por produzi-los a tempo e fora de tempo, mesmo que demore 40 ou 50 anos, mesmo que passemos pelo fogo, pela aridez do clima e pelo pó, ergamos nossos braços ao Senhor do céu e da Terra, Ele mandará sua chuva, lavará nossa alma como refrigério e o Espírito do Senhor, como um ribeiro de águas saciará nossa sede e nos fará renovar as forças para um novo tempo de glória ainda mais excelente.

sábado, 2 de julho de 2011

Nunca falte o óleo sobre a tua cabeça

O Salmo 23, comentado por Max Lucado, nos esclarece a necessidade de se untar com óleo as cabeças das ovelhas para repelir insetos, evitar conflitos e curar machucados, a presença do óleo é uma proteção e um alívio. ( Aliviando a Bagagem, Max Lucado, CPAD, 2002, pg.139)
Em nosso cotidiano insurgimos também contra as barreiras da vida, como ovelhas nossa cabeça fica exposta aos insetos e ferimentos, o óleo é portanto, impressindível: a cada unção que recebemos pode ser interpretada como a preparação para uma batalha e uma investida que termos que fazer para alcançar os mistérios de Deus e a nossa vitória; o Senhor sabe que o ataque de um pequeno inseto pode nos causar grande aflição e daremos cabeçadas contra qualquer coisa: árvore, poste, outra ovelha, na tentativa de nos aliviar, por isso, como um Bom Pastor, nos unge evitando assim o transtorno.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Oração

Senhor, 
és o meu Deus e somente a ti me prostrarei,
ensina-me a amar
libero todo perdão
perdoe-me as ofensas que fiz
Que consiga desfrutar da tua comunhão,
dessa presença doce do teu Espírito.
Amém.